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Palestra – Prof. Dr. Jerson Lima da Silva

 

Título: “Prions e Cancer: Agregados Priônicos de Mutantes da Proteína de Supressão Tumoral p53 como Novos Alvos para Quimioterapia.

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Prof. Dr. Jerson Lima da Silva

Universidade Federal do Rio de Janeiro – Instituto de Bioquímica Médica

Data: 11 de junho de 2014

Horário: 16 h

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Resumo da palestra:

p53 é uma proteína reguladora mestre que tem sua função de supressão tumoral perdida em mais de 50% dos tumores malignos. Nossos estudos têm sugerido que a formação de agregados de p53 mutantes está associada com a perda de função, dominância negativa e com efeitos de ganho-de-função maligna. Propomos que estes fenômenos podem ser explicados por um comportamento “prion-like” da p53 mutante. Estas propriedades priônicas de mutantes de p53 oferecem alvos potenciais para o desenvolvimento de fámacos.

 

Currículo resumido:

 

Jerson Lima Silva recebeu o título de Doutor em Biofísica no ano de 1987 (Instituto de Biofísica, UFRJ). É Professor Titular no Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ. Jerson Lima Silva também atua como Diretor Científico da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro desde 2003. Tornou-se professor titular do Instituto de Bioquímica Médica em 1997 e Diretor do Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear Jiri Jonas em 1998. É pesquisador bolsista (nível 1A) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desde 1987. Membro da Academia Brasileira de Ciências (membro efetivo), da Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento ( Fellow ) , da COPEA (Coordenação de Programas de Estudos Avançados) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Academia Nacional de Medicina (membro titular). Dentre os principais auxílios e prêmios estão os da Fundação John Simon Guggenheim, 1991; da International European Economic Community 1991; Prêmio Sendas em Doenças Infecciosas de Crianças (compartilhado) 1995; Howard Hughes Medical Institute, 1997-2002; Prêmio Nacional Unibanco em Medicina (compartilhado) 1998; Auxílio Núcleos de Excelência do Ministério da Ciência e Tecnologia, 1998; Cientista do Estado do Rio de Janeiro em 2000, 2003, 2005, 2007, 2009; Ordem Nacional do Mérito Científico concedido pela Presidência da República do Brasil na classe de Comendador (2002) e na classe de Grã-Cruz (2009); Prêmio da Academia de Ciências para o Mundo em Deselvolvimento (TWAS) de Biologia TWAS Award in Biology, 2006; Prêmio FCW 2009 em Ciência e Cultura da Fundação Conrado Wessel, 2010; Prêmio Faz Diferença – Ciência/Saúde 2012 do Jornal O GLOBO. Jerson L. Silva tem integrado o Corpo de Editores do “JOURNAL OF BIOLOGICAL CHEMISTRY” (2007-2012), FEBS JOURNAL (2012- ) e PEERJ (2012- ). Dr. Silva tem mais de 140 artigos completos publicados, e revisões importantes nos periódicos Annual Review of Physical Chemistry, Current Opinion in Structural Biology, Trends in Biochemical Sciences e Accounts of Chemical Research. Sua pesquisa tem sido publicada em revistas de alto índice de impacto e seus artigos científicos são muito referenciados com mais de 4000 citações (Índice H= 40). A maioria de seus trabalhos envolve alunos de graduação e de pós-graduação como co-autores, que resultaram em 26 dissertações de Mestrado e 32 teses de Doutorado. O laboratório do Dr. Silva tem prestado contribuição expressiva ao campo da biologia estrutural, enovelamento protéico, montagem viral e no entendimento dos mecanismos responsáveis pelo dobramento errado de proteínas, importante em muitas doenças humanas, que incluem Cancer, doenças de príons e doença de Parkinson. Dr. Silva é o Diretor do Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear Jiri Jonas (CNRMN – UFRJ), principal centro da América Latina aparelhado com equipamentos de ressonância magnética nuclear (RMN) de alto campo (800, 600 e 400 MHz). Nos últimos 10 anos, mais de 300 pesquisadores do Brasil e de outros países têm usado as instalações do CNRMN. O Dr. Silva também coordena o Instituto Milênio de Biologia Estrutural em Biomedicina e Biotecnologia (IMBEBB) apoiado pelo CNPq desde 2005 e o INCT de Biologia Estrutural e Bioimagem (desde 2008).

 

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