USP - Universidade de São Paulo
Universidade de São Paulo

Desenvolvimento de Medicamentos

Prof. Dr. Sérgio Ferreira
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP

12 de maio de 2010 – quarta-feira – 16h
anfiteatro do IQSC-USP – Av. Trabalhador São-carlense, 400

Coordenação: Profs. Drs. Carlos Montanari e Hamilton Varela
Apoio: Instituto de Estudos Avançados de São Carlos – USP

Informações: tel.: (16) 3373-8831 ou sandra@iqsc.usp.br
Inscrições: www.iqsc.usp.br

RESUMO: ” O descobridor dos fatores da bradicinina, a partir do qual vários medicamentos de uso como anti-hipertensivos foram melhorados, pesquisador  Sérgio Ferreira, estará no Instituto de Química de São Carlos – IQSC/USP.

O Prof. Dr. Sérgio Ferreira, docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto –  USP, proferirá a palestra “Universidade e Desenvolvimento de Medicamentos”,  e esclarece que: “Há dois tipos de desenvolvimento de medicamentos: a) baseado na química medicinal ou  b) a partir de produtos naturais, plantas e extratos de tecidos ou venenos. O desenvolvimento de qualquer medicamento necessita de um esforço multidisciplinar, raramente encontrado em instituições universitárias ou instituições especializadas. É essa a grande força das indústrias de medicamentos que, em geral, organizam sua equipe de profissionais de alto nível, com a finalidade de desenvolver um determinado produto. O ponto importante desse processo é o dueto farmacólogo-químico medicinal. O farmacólogo escolhe o bio-ensaio (ou ensaio bioquímico) que ele admite mimetizar o evento fisiopatológico que se pretende controlar. Também controla seu desenvolvimento, utilizando ensaios que permitam descartar os efeitos tóxicos indesejados que ocorrem nas drogas já desenvolvidas. Já o químico medicinal trabalha inicialmente com protótipos escolhidos e bibliotecas de reagentes ou baseado na estrutura de receptores farmacológicos. Desenha novas drogas, sintetiza e entrega ao farmacólogo. Este por sua vez analisa a sua potência e decide se tal produto é o desejado para ser testado como medicamento. Quando é feita a toxicologia, animal–real é necessário gramas-quilogramas, pois é este material que será usado nos primeiros ensaios clínico-toxicológicos. Paralelamente, são realizados outros ensaios clínicos para provar a hipótese do mecanismo de ação da droga em desenvolvimento. Quando se chega ao produto final, sintetizam-se vários análogos ou estruturas semelhantes, porém modificadas e para evitar cópia do produto.  Nesse caso, patenteia-se o método de extração. Assim, será garantido, pelo menos em parte, o seu mercado, principalmente quando o possuidor da patente for o lançador do produto.””