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Prof. Dr. José G. Tundisi

Instituto Internacional de Ecologia (IIE)

Data: 4 de dezembro de 2013

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A base química da biosfera é a constituição (estrutura) e função (processos) fundamentada em Carbono, Nitrogênio, Fósforo, Enxofre, Aminoácidos e Proteínas. Esta base química iniciou-se com as primeiras moléculas, os primeiros organismos unicelulares, multiplicou-se e diversificou-se dando origem aos diferentes organismos pluricelulares, às diferentes espécies, populações e comunidades que povoaram o planeta nos últimos 4 bilhões de anos. À medida que os processos químicos e biogeoquímicos se diversificavam e se tornavam mais complexos, as forças geofísicas do planeta Terra também se modificavam e se organizavam em continentes e regiões, cadeias de montanhas, vales profundos, oceanos, lagos e rios. Portanto, simultaneamente com a expansão da vida e da biodiversidade formaram-se estruturas de suporte, as quais sob a ação do clima, temperatura, flutuações estacionais consolidaram-se nos diferentes conjuntos: regiões temperadas, tropicais, sub-tropicais, árticas, antárticas. De primordial importância no desenvolvimento da vida no planeta Terra, foram os mecanismos de produção e fixação de energia: quimiossíntese, e principalmente fotossíntese a qual além de prover a energia necessária para a diversificação e biodiversidade produziu o oxigênio suficiente para impulsionar o fluxo de vida e o ozônio que funcionou e funciona como filtro de radiação ultravioleta e possibilitou o povoamento dos continentes e sistemas terrestres. Química, vida e biodiversidade são processos indissociáveis que interagem permanentemente. Uma questão fundamental é como a espécie humana está interferindo no processo: novos produtos químicos, substâncias tóxicas e poluentes que podem interferir em rotas biogeoquímicas e rotas químicas e alterar substancialmente a biodiversidade e as taxas de sobrevivência de espécies aquáticas e terrestres e a organização das comunidades..

Currículo resumido:

Especialista em recursos hídricos, gestão de bacias hidrográficas, gestão ambiental, recuperação de rios, lagos e represas, Tundisi é Professor Titular aposentado pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP; membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, da Academia de Ciência dos Países em Desenvolvimento e do Ecology Insitute, Alemanha; e fundador do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos. Tem 35 livros publicados, um livro no prelo e 350 trabalhos publicados; recebeu prêmios no Brasil e exterior e formou 35 doutores e 40 mestres.

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